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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

A Verdade soterrada-Matérias sobre Teresópolis e região serrana em jornais do Rio

Teresópolis nos Jornais (Íntegra de matérias publicadas nos sites dos jornais) Vídeo:documentário especial Extra



Governo federal vai buscar desaparecidos da Serra(O Globo 06/08/2012)



Bairro de Campo Grande, em Teresópolis, totalmente destruído pelas Trombas dágua /

RIO - A ministra Maria do Rosário Nunes, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, determinou a criação de uma força-tarefa formada por dez profissionais, entre advogados, assistentes sociais e psicólogos, para buscar pessoas desaparecidas na tragédia da Região Serrana.

A equipe chega à Serra esta semana, com a missão de ouvir famílias, prestar consultoria jurídica e cruzar os dados de desaparecidos com informações de cartórios, escolas, postos de saúde e cadastros sociais.

Conforme o jornal “Extra” mostrou neste domingo em um  caderno especial os números oficiais de mortos (905) e desaparecidos (191) na enxurrada podem ser maiores. A reportagem localizou três parentes de vítimas que não constam nas listas das autoridades.

Em entrevista na sexta-feira passada, a ministra Maria do Rosário explicou que os três Centros de Referência em Direitos Humanos (CRDH) mais próximos da Região Serrana — Nova Iguaçu, Juiz de Fora (MG) e Petrópolis — vão participar desse esforço concentrado. Procurada em julho pela reportagem, a ministra planejou a ação dos próximos dias.

— Nós fizemos um diagnóstico idêntico ao relatado pela reportagem. Vamos colocar esses centros de referência à disposição da população.

Coordenador-geral dos CRDHs de todo o país, João de Souza Júnior disse que as pessoas citadas na reportagem serão as primeiras a serem procuradas pela equipe da força-tarefa. O cadastro do Bolsa Família também poderá ajudar na identificação de desaparecidos.

— Uma das respostas para o grande número de desaparecidos pode estar no óbito de indigentes, por exemplo — diz João de Souza Júnior.

O vice-governador Luiz Fernando Pezão, que acompanhou durante um mês as buscas por vítimas das chuvas na Região Serrana, afirma não ter dúvidas de que o número de mortos é maior do que o divulgado oficialmente.

— Não acredito que tenham mais mortos em Friburgo, mas, no município de Teresópolis, eu sei que tem. Eram montanhas de pedras e não havia equipamentos para retirar tudo aquilo. O trabalho era feito com as mãos e as máquinas. Os bombeiros são especialistas, e todos falaram que tinham feito o que era possível. Em desastres daquela magnitude, tem uma certa hora que não vale mais a pena você procurar. Não dá para achar — afirma o vice-governador Luiz Fernando Pezão.

Atestados e DNA serão agilizados

Um mapeamento das famílias atingidas pela tragédia das chuvas já começou a ser feito pelo governo federal. A informação é da ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário. Ela explicou que o objetivo é identificar problemas que possam ter passado despercebidos na época da enchente. De acordo com Maria do Rosário, a secretaria também vai ajudar famílias que, até hoje, ainda não conseguiram obter o atestado de óbito de seus parentes e, por isso, ainda não foram contempladas com benefícios.

— Fiquei sensibilizada e pedi que a situação seja analisada. Precisamos saber se é possível que essas pessoas tenham acesso aos benefícios sem o atestado de óbito. Assim que eu tiver um parecer, os centros de referências (montados na região) poderão detalhar isso. Nossos advogados estão à disposição para ajudar — disse. — Vamos trabalhar para recuperar o tempo perdido.

Segundo ela, os centros de referência podem pedir ao governo estadual que agilize exames de DNA para tentar definir de quem são os corpos encontrados e ainda não identificados. A ministra disse ainda que as famílias que quiserem podem solicitar a continuidade da busca de corpos. Maria do Rosário anunciou que a questão dos atestados de óbito e dos exames de DNA será discutida com o estado e o Ministério Público.

Tragédia na serra: governo federal vai liderar buscas por desaparecidos (Extra 06-08/2012)

O governo federal vai liderar a busca pelos 191 desaparecidos nas chuvas de 2011 na Região Serrana. A ministra Maria do Rosário Nunes, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, determinou a criação de uma força-tarefa, formada por dez profissionais, entre advogados, assistentes sociais e psicólogos, que chega à Serra esta semana, com a missão de ouvir famílias, prestar consultoria jurídica e cruzar os dados de desaparecidos com informações de cartórios, escolas, postos de saúde e cadastros sociais.

Em entrevista na sexta-feira, em Brasília, a ministra explicou que os três Centros de Referência em Direitos Humanos (CRDH) mais próximos da Região Serrana — Nova Iguaçu, Juiz de Fora (MG) e Petrópolis — vão participar do esforço concentrado. Procurada em julho pela reportagem, a ministra planejou em um mês a ação dos próximos dias.

— Nós fizemos um diagnóstico idêntico ao relatado pelo EXTRA. Vamos colocar esses centros de referência à disposição da população, para tentarmos melhorar, ao máximo, a situação dessas famílias, que, em alguns casos, não conseguiram sequer enterrar seus entes queridos — explicou a ministra Maria do Rosário.

Coordenador-geral dos CRDHs de todo o país, João de Souza Júnior é o encarregado de formatar como vai ser a operação na Região Serrana. Ele diz que as primeiras pessoas que serão procuradas são os citados na reportagem, como a dona de casa Amanda Ferreira, que perdeu 29 parentes em Teresópolis.

— Vamos tratar prioritariamente dos casos mais agudos, apontados pelo EXTRA — prometeu Souza Júnior.

Segundo João, o mapeamento será descrito num relatório pedido pela ministra. Até o cadastro do Bolsa-Família será analisado.

— Uma das respostas para o grande número de desaparecidos pode estar no óbito de indigentes, por exemplo.

A ministra quer usar a experiência aprendida na Serra no restante do país.

— A situação é triste, mas o Brasil está aprendendo com essa situação — afirmou Maria do Rosário.

Há pelo menos 191 desaparecidos entre as vítimas da Região Serrana. Como o governo federal pode trabalhar na busca por essas pessoas?

Nossas equipes já começaram a fazer o mapeamento de famílias e de problemas que não tenham aparecido para as autoridades. Vamos trabalhar para recuperar o tempo perdido. Os centros estão à disposição.

A senhora avalia que a busca pelos corpos durou pouco tempo? A norma internacional é de três meses.

Essa avaliação deve ser feita pelo governo estadual, Defesa Civil e Ministério Público. Nós não somos órgãos técnicos de busca (de corpos). As buscas podem se estender por mais tempo. Se uma família nos procurar com essa demanda, vamos levar isso às esferas competentes.

Há famílias sem qualquer amparo ou benefício, porque o atestado de óbito de seus parentes ainda não saiu. O que pode ser feito

Vamos ajudar nisso também. Há uma série de leis sobre isso, prazos e exigências. Fiquei sensibilizada pela situação e pedi que seja analisada, para que tenhamos uma resposta. Precisamos saber se é possível que essas pessoas já tenham acesso aos benefícios que não conseguiram sem o atestado de óbito. Assim que eu tiver esse parecer, os centros de referências vão poder detalhar isso, mas nossos advogados já estão à disposição para ajudar.

E quanto aos exames de DNA para identificação dos corpos, que também seguem em ritmo lento?

Os centros de referência também podem fazer essa solicitação ao governo estadual. A exemplo dos atestados de óbito, esse tema também será tratado numa reunião que vamos ter com o governo do estado e o Ministério Público. Nessa reunião, vamos conversar sobre todos esses pontos.

A presidente Dilma Rousseff acabou de anunciar a liberação de recursos para o trabalho de prevenção de deslizamentos. Que conselho a senhora daria para a aplicação dessa verba no Rio?

Os municípios devem ter um olhar que enfrente a questão das moradias precárias, que são suscetíveis a essas tragédias. Esse elemento é fundamental. Vale não só para essas cidades, mas para todo o Brasil.

Fonte:Assessoria de Comunicação de Teresópolis

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