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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Escolas Municipais de Teresópolis desenvolvem trabalhos sobre Consciência Negra

A diretora Ana Maria de Oliveira Mendonça ao lado de alguns trabalhos em exposição
Escolas Municipais desenvolvem trabalhos sobre Consciência Negra


Teresópolis, 26 de novembro de 2013 - Visando desenvolver no alunos a reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira, além de evitar o desenvolvimento do preconceito e do auto-preconceito, ou seja, da inferiorização dos negros perante a sociedade, as diversas unidades escolares da rede municipal de ensino trabalharam o tema da Consciência Negra durante o mês de novembro. Entre elas, a Escola Municipal Estolino Peixoto da Rocha, de Pessegueiros, que apresentou um trabalho envolvendo desde a pesquisa da culinária, até temas atuais como música e dança.

“Nosso trabalho deste ano se desenvolveu a partir da Oficina de Capoeira do Programa Mais Educação que apresentou o Maculelê para nossas crianças. Através de reuniões pedagógicas, cada professora se apropriou de um tema que foi desenvolvido pedagogicamente em sala de aula e se transformou em exposições e apresentações”, explica a diretora Ana Maria de Oliveira Mendonça.

Desde janeiro de 2003, a lei 10.639 incluiu o Dia Nacional da Consciência Negra no calendário escolar, que foi sancionada em 2011, tornando-a obrigatória. Nesta abordagem devem ser tratados temas como a luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira, o negro na sociedade nacional, inserção do negro no mercado de trabalho, discriminação, identificação de etnias, entre outros temas.

Na Escola Municipal Estolino Peixoto da Rocha, os temas foram abordados de diversas formas. A professora Simone Pfister Simião trabalhou com seus alunos as bonecas abayomi, de origem yorubá, e que significa “aquela que traz, felicidade ou alegria”. Sua tradição remonta a época da escravidão. Já a professora Sandra Mendes Ribeiro trabalhou com sua turma de pré II a herança artística - artes plásticas e músicas e culminou com a apresentação musical “Olhos Coloridos” de Sandra de Sá.
A professora Simone Pfister Simião trabalho as bonecas abayomi com seus alunos
Outro trabalho que também chamou bastante atenção foi o da professora Lívia Lagreca que pesquisou com seus alunos pratos herdados da cultura africana e trabalhou receitas, alimentos e suas origens, culminando no preparo do cuscuz doce, distribuído para todos os alunos da unidade escolar. A professora também trabalhou a importância da valorização da cultura africana e indígena. “Nossa intenção não é trabalhar uma data comemorativa, mas estimular a valorização e igualdade de um povo que foi desprivilegiado de seus direitos ao longo de nossa história”, explicou a professora.

O aluno Vanderson dos Santos, de oito anos, participou do trabalho e da pesquisa sobre culinária africana e gostou muito. “Aprendi que o cuscuz veio da África, aprendi como se faz e eu gosto muito de comer”, disse o estudante, feliz em participar da atividade.

“Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, musicais, gastronômicos e religiosos de nosso país. A celebração da influência dessa cultura é uma forma de valorizar a herança afro-brasileira e ensinar aos nossos alunos a importância da diversidade e o respeito ao próximo”, resumiu a orientadora pedagógica Erika Cirico de Siqueira.
O aluno Vanderson dos Santos adorou participar dos trabalhos
A professora Lívia Lagreca apresenta seu tabuleiro de cuscuz feito com os alunos
A professora Sandra Mendes Ribeiro apresentou com seus alunos a música “Olhos Coloridos” de Sandra de Sá
Texto e fotos: Marcelo Ferreira
Fonte:Assessoria de Comunicação de Teresópolis

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