Pesquisar este blog

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Rio terá plano para prevenção de desastres ambientais e Teresópolis fica de fora deste plano neste momento

Rio terá plano para prevenção de desastres ambientais e Teresópolis fica de fora deste plano neste momento
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Núcleo de Imprensa

Rio terá plano para prevenção de desastres ambientais
Nova Friburgo e Petrópolis recebem projeto-piloto

Os municípios de Nova Friburgo e Petrópolis, na Região Serrana, e Blumenau, em Santa Catarina, foram selecionados para serem pilotos na implantação do Projeto para o Fortalecimento da Estratégia Nacional de Gestão Integrada de Riscos de Desastres Naturais (Gides). Com o acordo de cooperação internacional entre os governos do Brasil e do Japão, as cidades terão apoio para construir um sistema de prevenção de desastres.

No Rio de Janeiro, técnicos das secretarias de Defesa Civil, de Obras, do Departamento de Recursos Minerais (DRM-RJ) e da Câmara Metropolitana de Integração Governamental, além de equipes municipais e federais, trabalham em conjunto na elaboração do manual de diretrizes técnicas. O documento terá quatro eixos articulados de atuação que serão testados entre o fim deste mês e o início de maio: Avaliação e Mapeamento de Risco; Previsão e Alerta Antecipado; Planos de Prevenção e Reabilitação; e Planejamento da Expansão Urbana.

Os três municípios-pilotos terão até novembro de 2017 para aplicar, testar e adequar as técnicas definidas para a elaboração do manual, que será difundido para todo o país.

O superintendente operacional da Secretaria de Defesa Civil, coronel Marcelo Hess, explicou que a meta é aumentar a precisão de alertas e diminuir o tempo-resposta nas situações de risco, principalmente, em casos de deslizamento. Agentes do Departamento Geral de Defesa Civil, da Escola de Defesa Civil e do Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais atuam no Gides.

- Fomos ao Japão para conhecer o gerenciamento de riscos no país e adequar à nossa realidade. Já delimitamos melhor as áreas de risco e somos mais precisos no acionamento de sirenes de alerta de deslizamento. Quando aumentamos a precisão na coleta de informações, diminuímos as áreas de risco e protegemos melhor a população - disse o coronel. 

Levantamento de áreas de risco na Serra

A Subsecretaria Extraordinária da Região Serrana, da Secretaria de Obras, tem feito um levantamento das áreas de risco de Nova Friburgo e Petrópolis, em especial daquelas onde já houve deslizamento ou rolamento de sedimentos, além de obras de contenção, drenagem e reconstrução de pontes.

- Todo o trabalho dos técnicos que atuam no Gides é voltado para que haja a melhor percepção da relação prevenção, risco e remediação de acidentes. As frentes de trabalho monitoram em tempo real vários fatores geotécnicos e climáticos, como chuvas e cheias, além da capacitação de agentes e desenvolvimento de novas técnicas de remediação - afirmou o subsecretário João Grilo.

Já o DRM-RJ tem atuado, principalmente, no mapeamento das áreas de risco, em parceria com técnicos municipais e federais.

- Todos os órgãos trabalham de maneira integrada para evitar riscos e desastres. Essa simbiose favoreceu o diálogo e as relações institucionais já que, quando ocorre um desastre, qualquer atraso nas relações implicaria em prejuízo para a população. O Gides tem gerado ganhos muito positivos para o nosso trabalho de prevenção - ressaltou a diretora de Geologia do departamento, Aline Freitas.

Plano Metropolitano

A Câmara Metropolitana de Integração Governamental também participa do Gides, para replicar o aprendizado dos quatro eixos de atuação (Avaliação e Mapeamento de Risco; Previsão e Alerta Antecipado; Planos de Prevenção e Reabilitação; e Planejamento da Expansão Urbana) nos 21 municípios da Região Metropolitana. Atualmente, os técnicos da Câmara trabalham na realização do levantamento aerofotogramétrico da área urbana da Região Metropolitana, uma base cartográfica territorial na escala de 1:2.000, que entre outras utilidades, poderá auxiliar o mapeamento de áreas de riscos.

- Após a finalização das atividades nos municípios-pilotos, pretendemos, com os demais órgãos estaduais envolvidos, levar os procedimentos descritos nos manuais de diretrizes técnicas para as cidades da Região Metropolitana, integrando os quatro eixos de atuação para que sejam considerados na elaboração do Plano Metropolitano. É importante que os gestores municipais atentem para as diretrizes do Manual de Projeto de Expansão Urbana na revisão do Plano Diretor, ao analisarem a necessidade de expansão urbana, prevenindo a ocupação de áreas suscetíveis a desastres naturais de movimento de massa e planejando obras de contenção em áreas de risco já ocupadas - disse a engenheira civil da Câmara, Ana Paula Masiero.

Foto de Clarice Castro
Fonte:Núcleo de Imprensa do Governo do Estado do Rio de Janeiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário