Coordenadora do projeto 'Vidas protegidas, ou não!' participa de eventos internacionais
A advogada criminalista Thaisi Bauer, coordenadora do projeto 'Vidas protegidas, ou não!', vinculado ao Núcleo de Direitos Humanos do Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO), esteve recentemente no exterior para trocar experiências sobre crianças e adolescentes em situações de risco.
Nos dias 28 e 29 de abril ela participou em Buenos Aires (Argentina), de um encontro organizado pela Recovery and Integration from Child Sexual Exploitation (RISE), um projeto que se conecta com profissionais e decisores políticos que trabalham em Recuperação e Reintegração (R & R) de crianças e adolescentes afetados pela exploração sexual e outras formas de abuso, além de outras iniciativas de avanço da aprendizagem, a prática e a política de reintegração das crianças. Participaram representantes de mais vinte organizações para debater o tema “Abuso e exploração sexual”. “Cada um quis conhecer um pouco das experiências dos outros a fim de levar como prática exemplar para sua própria organização. Conseguimos trazer muitas ideias para novos projetos, até mesmo aqui para a região serrana, que recebe muitos turistas e há uma gama de violações muito grande contra a criança e o adolescente, levando em consideração que temos uma população rural em que a informação demora muito a chegar”, observou.
Já nos dias 11 e 12 de maio o encontro foi na Turquia, promovido pela Family for Every Child, organização que busca influenciar os decisores nacionais, regionais e globais para implementar mudanças positivas para as políticas e os serviços de proteção à criança, com foco específico sobre as crianças em tratamento em um ambiente familiar seguro. Segundo a professora Thaisi, neste evento foi tratada a questão da influência da família na vida das crianças que sofrem violações, tanto aquelas que estão encarceradas quanto as que passaram por situações de violência e exploração. “Tentamos trazer o fortalecimento dos vínculos familiares para que haja uma reinserção dessas crianças na sociedade. Acho que o fortalecimento desses vínculos é o caminho para reinserir o adolescente sem sequelas na sociedade. Tivemos ainda um olhar das entidades em seus diferentes setores, governamentais e não-governamentais”, contou.
Projeto Vidas Protegidas, ou não!
O ‘Projeto Vidas Protegidas, ou não!’, elaborado pelo Núcleo de Direitos Humanos (NDH/UNIFESO), foi aprovado e financiando por convênio com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) e tem como objetivo principal o aprofundamento do entendimento e fortalecimento da capacidade técnica, operacional e teórica do Sistema de Garantia de Direitos, de Justiça e Segurança Pública acerca da identificação, encaminhamento e atendimento dos casos de exploração sexual de crianças e adolescentes na região serrana do Estado do Rio de Janeiro. O desafio principal do projeto é a melhoria dos quadros profissionais do sistema público de atendimento a crianças e adolescentes vítimas de exploração sexual em dezesseis municípios da região serrana. “Tentamos identificar qual tipo de trabalho está sendo desenvolvido em cada município e tentar contribuir para que se comuniquem e se articulem para funcionar melhor”, explicou a coordenadora.
Fonte:Unifeso Jornalismo
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