Carnaval de todos os tempos anima a Praça da Feirinha de Teresópolis

Carnaval de todos os tempos anima a Praça da Feirinha de Teresópolis

Teresópolis, 9 de fevereiro de 2013 - Foi um show mais para os pais, avós, tios e irmãos mais velhos. Isso porque a garotada – 5 a 12 anos, por aí – deu preferência às batalhas de espuma, muita espuma, com confetes e serpentinas fazendo figuração. No palco, montado na Praça de Alimentação da Feirinha, Fernando Mello e banda levaram os marmanjos a acompanhar, balançando o corpo, uma viagem através do tempo e do espaço das músicas de carnaval.

O trem do cantor e sua banda estava programado para parar em três estações: Pernambuco do frevo e do maracatu de Recife e Olinda. Depois na Salvador de todos os ritmos e de Dorival Caymmi a Ivete Sangalo, passando por Gil e Caetano, até parar nas plataformas do samba carioca.

Numa musicalmente virtual Gare Dom Pedro, uma lembrança do século 18: o “Abre alas” de Chiquinha Gonzaga, século 19. Depois o “Pelo Telefone”, de Donga, o primeiro samba a merecer uma gravação em acetato, enveredando por marchinhas de carnaval – anos 50 – até chegar ao samba das escolas: União da Ilha, Salgueiro, Unidos de Vila Isabel e Mangueira. Para encerrar, é claro, com “Cidade Maravilhosa.”

 Escrito em versos por Fernando Mello, o roteiro do show foi narrado pela atriz Nara Zeitune, do Grupo Pirueta de Teresópolis. Mello é um velho conhecido de quem “faz a noite” na cidade. Ele praticamente repetiu 2009, quando a pedido de Ronaldo Fialho, hoje diretor de Núcleo de Eventos da secretaria municipal de Turismo, criou a matinê das músicas de carnaval, voltada para crianças e adultos. 

Para o casal Altenir e Rosa Queirós – de olho na Marta e no Rogério (três e cinco anos) que a todo o momento ameaçam uma corrida atrás de alguém a ser atingido pelo final de um jato de espuma – o show foi “um barato”. Moradores no Lins de Vasconcelos os quatro já conheciam Teresópolis, mas nunca tinham passado um carnaval na Serra. “No Rio, nessa época fica complicado para quem tem criança pequena”, argumenta Rosa. “Achar esse show aqui na praça foi sensacional, porque nós também queríamos que as crianças vissem um pouco do Carnaval.

Já o engenheiro José Ricardo Braga é velho conhecido da cidade. “Venho aqui desde os sete, oito anos de idade e ficava na casa do meu avô, aqui mesmo no Alto”. Braga não subiu a Serra no ano passado, imaginando que a cidade ainda estava sobre os efeitos da tragédia de 2011. “Quando um amigo avisou que o Centro e o Alto não haviam sofrido nenhum dano eu já estava com uma casa alugada em São Pedro da Aldeia para passar as férias”, lamenta.

Na chegada da noite, com a criançada tomando o rumo de casa, subiram no palco Betinho do Cavaco e Grupo Entre Nós. Juntos há mais de 20 anos, também são velhos conhecidos da noite teresopolitana, onde se apresentam em clubes, casas de show e eventos particulares.

Texto José Attico

Fotos Davi Almada

Fonte:Assessoria de Comunicação de Teresópolis