Centro Educacional Beatriz Silva lança jornal feito por alunos
Teresópolis, 28 de dezembro de 2014 - A ideia surgiu através de duas professoras: lançar um jornal feito por alunos e que pudesse comunicar os anseios, interesses e descobertas dos estudantes em temas relevantes e atuais. Assim nasceu o informativo Café Cultural, uma construção coletiva de 22 alunos do Centro Educacional Beatriz Silva, unidade da rede municipal de ensino localizada na Barra do Imbui. Orientado pelas professoras Gabriella Freidman Mattos e Kátia Brandão, o periódico tem tiragem inicial de 500 exemplares e é impresso totalmente em cores.
Segundo a professora de ciências e educadora sexual pela Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana, Gabriella Freidman Mattos, a ideia do jornal nasceu por necessidades diversas, mas com objetivos em comum. De um lado, divulgar a cultura nacional e artistas brasileiros, do outro, discutir e informar expressões de comportamento e sexualidade juvenis. Além de, é claro, gerar discussões e pensamentos a respeito de temas geradores de interesse dos alunos.
“Dividimos o jornal em uma coluna cultural e outra sobre sexualidade humana. Passamos nas salas convidando os alunos e informamos que a participação no projeto não incluía nenhum benefício, como pontos ou conceito, e que o trabalho seria realizado fora do horário escolar. De um grupo grande de interessados, fechamos com 22 colaboradores que realizaram o projeto, com coordenação nossa, mas inteiramente realizado por eles”, explicou Gabriella.
O aluno Marlon de Oliveira, de 16 anos, ganhou o posto de editor da coluna Sexualidade na Escola, que nesta edição debateu o tema “Caiu na Rede”, sobre a exposição excessiva de jovens através das mídias sociais. Além de um artigo sobre o assunto, a coluna traz opiniões dos estudantes, dicas para evitar a situação e perguntas e respostas sobre sexualidade, com a professora Gabriella.
“Nesta coluna fazemos um alerta e uma tentativa de conscientização dos alunos para que eles não se exponham tanto nas redes sociais, já que isso pode trazer consequências não muito agradáveis. Foi muito interessante também ver as dúvidas que todo mundo tem sobre sexualidade e podermos ajudar através do jornal”, comentou Marlon.
Professora de Língua Portuguesa com 25 anos de experiência na escola, Kátia Brandão sempre desenvolveu atividades extraclasse com seus alunos, mas desta vez ela resolveu inovar e pensou na criação de um jornal. A ideia veio de encontro à proposta da professora Gabriella e, juntas, empreenderam o projeto, que contou com o total apoio da direção da escola, dos pais e responsáveis.
“O trabalho foi cansativo, mas a direção abraçou a ideia, os alunos se empenharam, conseguimos patrocínios e foi muito prazeroso realizar esse projeto. O jornal é um meio de comunicação muito importante para os estudantes entenderem que há um mundo além da escola e colocá-los como protagonistas nessa construção de conhecimento”, analisou a professora Kátia, coordenadora da parte cultural do jornal.
A aluna Mariellen de Oliveira, 15 anos, já decidiu seguir a carreira de jornalista e ficou muito empolgada com o resultado do trabalho em equipe. “Ficamos felizes em poder evidenciar a cultura nacional, que é uma grande preocupação da professora Kátia. Falamos de Cândido Portinari e José Lins do Rego e do livro Menino de Engenho, escrito por Rego e ilustrado por Portinari”, contou a aluna.
Além de sexualidade e cultura nacional, o jornal ainda traz informações sobre música, profissões de futuro, saúde e textos dos alunos. Para a direção da escola, o projeto deverá ter continuidade no próximo ano, se possível, se tornando mais amplo e abrangendo toda a comunidade escolar.
“O primeiro número do Café Cultural foi apenas um embrião. É um projeto caro, trabalhoso, mas nossa intenção é ampliar e levar o que está acontecendo dentro do espaço escolar para a comunidade. Ano que vem pretendemos fazer duas edições, uma em cada semestre, ampliando para a participação de mais alunos e incentivando sempre a cultura e a criatividade, dando um desdobramento daquilo que acontece no espaço escolar”, finalizou a diretora Jane Lara Motta.
Texto e fotos – Marcelo Ferreira
Fonte-Assessoria de Comunicação de Teresópolis
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