Defesa Civil e Ministério Público vistoriam áreas mais atingidas pelo temporal-Prefeitura aguarda laudo do Serviço Geológico do Estado para avaliar a situação dos locais afetados
Teresópolis, 13 de abril de 2012 – A Defesa Civil Municipal e o Ministério Público Estadual passaram esta quinta-feira, 12, vistoriando as áreas mais afetadas pelo temporal do dia 6 de abril e que causou deslizamentos de terra e alagamentos em 37 bairros na zona urbana e sete localidades no interior do município, resultando em cinco mortos e 274 pessoas desabrigadas. O objetivo foi acompanhar as ações do Poder Público no atendimento às vítimas da chuva e a situação das áreas mais atingidas.
Acompanharam a ação o Secretário Municipal de Meio Ambiente e Defesa Civil, Coronel Roberto Silva, e equipe, os Promotores de Justiça Anaiza Malhardes e Fabrício Bastos, da 1ª e da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Teresópolis, ligados aos setores de Meio Ambiente e Cidadania, e equipe. Foram visitados os bairros de Santa Cecília, Araras, Rosário, Pimentel, Vale da Revolta e Prata – na cidade, e Vargem Grande, Canoas, Varginha e Prata dos Aredes, no interior do município. Também foram feitas inspeções nos pontos de apoio instalados na Escola Municipal Marília Porto, em Santa Cecília, e que aloja 30 desabrigados, e no Ciep 475 Sebastião Mello, que abriga 130 pessoas.
A Prefeitura aguarda a conclusão e liberação de relatório do Serviço Geológico do Estado (DRM-RJ) para diagnosticar e documentar a distribuição e a tipologia dos escorregamentos de terra, com vistas à preparação de Cartas de Risco Remanescente. Trata-se de um mapa de cada setor de encosta e que identifica as situações mais críticas, apontando a possibilidade de novos movimentos e indicando a necessidade de ações imediatas, como a evacuação prioritária.
Construções irregulares em encostas e margens de rio e invasões de áreas de preservação ambiental foram os principais problemas detectados nos locais vistoriados e atingidos por alagamentos e desmoronamentos de terra. Durante a visita, os moradores foram informados sobre a necessidade das interdições feitas pela Defesa Civil e alertados para procurar um ponto de apoio para se abrigar em caso de chuva forte.
“O cenário é intenso em termos de destruição. Orientamos as pessoas que não permaneçam nas casas interditadas e que, em caso de nova chuva, se dirijam aos pontos de apoio do bairro. Os locais que tiverem solução através de obras de contenção o laudo da vistoria da Defesa Civil informará. As casas interditadas continuarão sem energia elétrica, para evitar que os moradores retornem a um lugar sem condição de moradia. Mas as casas não interditadas terão o fornecimento restabelecido, após novas avaliações”, explicou o Secretário de Meio Ambiente e Defesa Civil, Coronel Roberto Silva.
Para a Promotora de Justiça, Anaiza Malhardes, além da intensificação da fiscalização do Poder Público para impedir construções irregulares e invasões, a comunidade deve ter consciência de que ao construir em locais de risco, a pessoa fica sujeita a se tornar vítima de desastres naturais. “Não é só o órgão público que tem que dizer ao morador que ele não pode construir em determinado lugar. O cidadão tem que se informar, porque quem vai ser a maior vítima é o próprio morador. Cidadania é uma via de mão dupla: direitos do cidadão, mas responsabilidade cidadã também”, alertou.
Texto: Silvia Pimentel
Fotos: Marco Esteves
Fonte:Assessoria de Comunicação de Teresópolis
Nenhum comentário:
Postar um comentário