Teresópolis, 6 de junho de 2013 – Definida em reunião realizada nesta sexta, 7, a implantação do Núcleo Integrado de Toxicovigilância voltado para agrotóxico dos municípios de Teresópolis e Petrópolis. Encontra-se em fase de elaboração a minuta do convênio, que será celebrado entre os dois municípios, as secretarias estaduais de Saúde e de Agricultura, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e a UFF (Universidade Federal Fluminense). A sede do Núcleo funcionará em Teresópolis, mas Sumidouro contará com um pólo. .
A iniciativa atende a orientação do Ministério Público Estadual, com o objetivo de estruturar a vigilância para o monitoramento do uso dos agrotóxicos, a fim de evitar os males causados à saúde da população pela utilização abusiva dos defensivos, bem como a contaminação do meio ambiente. Com o núcleo será possível criar um banco de dados para diagnosticar a situação da saúde da população exposta às substâncias químicas dos agrotóxicos, criar protocolos de atendimento e promover a capacitação dos funcionários de saúde dos dois municípios, entre outras ações.
Realizada no gabinete do Prefeito Arlei, o encontro de trabalho reuniu o Prefeito de Sumidouro, Juarez Corguinha, representantes do Ministério Público, da UFF e da Secretaria Estadual de Saúde. Também acompanharam a reunião o Vice-prefeito Márcio Catão, a Procuradora Geral Rosilda Carvalho Barbosa, os secretários municipais José Cortázio (Agricultura) e Carlos Otávio Sant’Anna (Saúde) e a Subsecretária de Saúde, Adriana Chaves – de Teresópolis, e o Procurador Geral Galileu de Freitas e o Secretário de Saúde, Ary Osvaldo Sales Batista – de Sumidouro.
“Teresópolis e Sumidouro estão unidos nessa luta contra os perigos dos agrotóxicos para os trabalhadores rurais e a população em geral, e também contamos com a ajuda de importantes parceiros”, destacou o Prefeito Arlei. “No nosso município, 80% da população mora na zona rural, com muitas pessoas expostas aos agrotóxicos. Acredito que o núcleo vai dar um aporte importante na área de saúde”, pontuou Juarez Corguinha, Prefeito de Sumidouro.
Para Cyro Haddad, diretor da Divisão de Saúde do Trabalhador da Secretaria Estadual de Saúde, o uso abusivo e indiscriminado de agrotóxicos é um caso de saúde pública. “Não é só quem trabalha diretamente na lavoura que está exposto aos perigos do agrotóxico, mas toda a população, através da contaminação do meio ambiente. É um problema de saúde pública. Não só de saúde ocupacional ou de saúde do trabalhador, pois atinge toda a população ambientalmente exposta”, alertou.
Na opinião de Galileu Freitas, Procurador Geral de Sumidouro, os fabricantes de defensivos agrícolas também devem ser responsabilizados. “O fabricante tem uma grande parcela de responsabilidade quanto aos prejuízos dos agrotóxicos para a saúde, e deveriam passar a produzir produtos menos prejudiciais”.
Coordenadora do Centro de Controle de Intoxicações da UFF, Ana Cláudia Lopes de Moraes diz que com o Núcleo de Toxicovigilância será possível diagnosticar as doenças causadas pelos agrotóxicos. “Não conhecemos os impactos efetivos dessas substâncias químicas na saúde da população. Os atendimentos são feitos descentralizados e, muitas vezes, a informação não chega aos gestores. Com esse núcleo vamos começar a ter informações sistematizadas e alertaremos o setor de saúde para futuros diagnósticos”.
Fonte-Assessoria de Comunicação de Teresópolis
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