Teresópolis, 21 de junho de 2013 - Com o objetivo de promover e apoiar a organização, o desenvolvimento e o fortalecimento de processos coletivos que fomentem a gestão participativa e integrada dos recursos hídricos e da biodiversividade da Mata Atlântica a partir da escola, as Secretarias Municipais de Educação (SME) e de Meio Ambiente e Defesa Civil e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) lançaram na tarde desta quarta-feira, 19, na Escola Municipal Maçom Lino Oroña, na Tijuca, o Programa Elos de Cidadania.
O programa tem como proposta proporcionar aos profissionais da educação, estudantes e comunidade escolar da rede pública de ensino uma formação que os qualifique para o desenvolvimento e o fortalecimento de ações integradas voltadas para o enfrentamento das vulnerabilidades e a gestão participativa dos recursos hídricos e dos remanescentes de Mata Atlântica existentes a partir da escola.
Representando o Secretário Municipal de Educação, professor Leonardo Vasconcellos, no evento, a Diretora de Educação da SME, professora Carla Rabello, enfatizou a importância do projeto. “Essa parceria da Universidade com a Educação Básica é muito importante para diminuir a distância entre esses dois polos da educação. O conhecimento que a academia produz gera um ganho considerável, e a Secretaria Municipal de Educação fica feliz em participar dessa iniciativa”, disse a Diretora.
Entre as metas do Programa está a de incentivar a mobilização, em cada unidade escolar envolvida, de um grupo responsável pela criação de um Espaço Livre de Organização de Ações Socioambientais Locais (ELOS). A ideia é facilitar a elaboração, implementação e a continuidade de ações voltadas para o enfrentamento das vulnerabilidades locais e, desse modo, reforçar o papel das escolas no controle social e na gestão ambiental pública.
O biólogo Leandro Coutinho, representante da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Defesa Civil, destacou a importância da educação ambiental no futuro do município. “Teresópolis é uma cidade turística com foco predominante no ecoturismo. Se as belezas naturais que temos no município não forem preservadas a tendência é que percamos divisas, e a própria sobrevivência da cidade fica ameaçada. Por isso, nada melhor para garantir o futuro do que educarmos nossos estudantes”, lembrou Leandro.
Desenvolver diagnósticos socioambientais e elaborar histórias ambientais que propiciem um mais amplo entendimento dos diferentes fatores responsáveis pela configuração da situação atual da Mata Atlântica, bem como dos recursos hídricos da região, também são objetivos do Projeto, que ainda planeja desenvolver intervenções voltadas para a conservação do meio ambiente.
“Esse programa traz uma proposta de educação ambiental muito importante para nós, da Região Serrana, porque nos convida a dar um salto de qualidade na nossa visão de mundo e superar certas ingenuidades. Vamos fazer educação ambiental abraçando árvores, catando lixo, mas vamos perguntar também para onde vai esse lixo”, sugeriu o Coordenador de Educação Ambiental do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO), Marcos Gomes, também presente ao evento.
O Coordenador do Eixo Formal da Superintendência de Educação Ambiental da Secretaria de Estado do Ambiente, professor Fábio Leite, chamou a atenção para o papel da escola no projeto. “A proposta do ELOS se junta à escola pública. Vê a escola como um sujeito capaz de produzir ações, conhecimentos e visões sobre o seu território, que são indispensáveis para a gestão ambiental pública dessa região. A ideia é que a comunidade escolar seja protagonista nas tomadas de decisões”, apontou o Coordenador.
Em Teresópolis, as unidades escolares envolvidas no projeto são as escolas municipais Alcino Francisco da Silva (Volta do Pião) e Nossa Senhora de Fátima (Araras) e os colégios estaduais Fany Niskier (Albuquerque) e Centro Interescolar de Agropecuária José Francisco Lippi (Venda Nova).
Fonte:Assessoria de Comunicação de Teresópolis
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