Governo do Estado do Rio de Janeiro
Domingo, 01 de fevereiro de 2015
Núcleo de Imprensa
Inventário Florestal identifica espécies de plantas ameaçadas de extinção
Meta do Governo do Estado é levantar informações sobre as matas fluminenses
Resultados parciais do Inventário Florestal do Rio, projeto do Governo do Estado do Rio de Janeiro, elaborado pela Superintendência de Biodiversidade e Florestas da Secretaria do Ambiente, já registraram a existência de 37 espécies de plantas – entre árvores, arbustos e cactos – ameaçadas de extinção em território fluminense. As amostras dos vegetais foram encaminhadas para o Jardim Botânico, onde serão analisadas e discutidas as maneiras mais adequadas para a preservação das espécies.
– As amostras serão avaliadas por especialistas e, de acordo a situação de cada espécie, será decidido se há necessidade de criar ou ampliar áreas protegidas para esses vegetais ou se eles serão incluídos em listas de reflorestamento – disse Telmo Borges, coordenador do Inventário Florestal.
Iniciado em 2013, o inventário já realizou, aproximadamente, 6 mil coletas botânicas nas regiões Norte e Noroeste, dos Lagos, e em parte da Serra. O projeto estadual também foi pioneiro em utilizar tablets e aplicativos para a coleta digital, facilitando a atualização do sistema de dados.
Criado com o objetivo de produzir informações atualizadas sobre as matas e consolidar uma ferramenta de monitoramento da cobertura florestal fluminense, o inventário analisará 282 pontos espalhados por todo o Rio. A ação fornece dados sobre o uso da terra, a composição e estrutura florestal em diversos solos, a fertilidade dos terrenos e as características e os níveis de degradação dessas florestas.
O projeto inclui ainda informações sobre mudanças na cobertura florestal, condições de saúde das matas, uso de produtos e serviços das florestas feitos pela população local e os estoques de madeira, biomassa e carbono dos terrenos.
Investimentos de cerca de R$ 3 milhões
Aproximadamente, 35 profissionais – entre engenheiros florestais, biólogos, botânicos e técnicos – participam da iniciativa, que tem etapas de levantamento em campo, relatório socioambiental, criação de um sistema de informações florestais, mapeamento da cobertura florestal, análise da paisagem e divulgação dos resultados ao público.
Foram investidos cerca de R$ 3 milhões no projeto, provenientes de recursos de compensação ambiental da iniciativa privada. A expectativa é de que, até o fim de 2015, o projeto conclua o estudo florestal em todo o estado e divulgue um relatório com os resultados do trabalho, que ajudará na formulação de políticas públicas de uso sustentável e conservação florestal. Os dados do inventário serão atualizados a cada cinco anos.
– O projeto deixará um legado importante sobre a Mata Atlântica – afirmou Borges.
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