GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Rio de Janeiro, 8 de janeiro de 2016
Núcleo de Imprensa
Mulheres se destacam no Corpo de Bombeiros do Rio
Atualmente, efetivo feminino representa quase 17% do total da corporação
Elas têm coragem de sobra para enfrentar perigos e salvar vidas. Destemidas, superaram obstáculos para realizar o sonho de ingressar no Corpo de Bombeiros. Pilotando aeronaves, socorrendo vítimas de afogamento ou gerenciando a atuação de equipes em acidentes, as mulheres desempenham papel fundamental em um universo majoritariamente masculino. Atualmente, 2.656 mulheres integram a corporação, o que equivale a 16,89% do total de bombeiros militares na ativa.
- Fico feliz de ver que as mulheres estão conquistando postos de trabalho em diversas áreas ocupadas historicamente por homens. É difícil, mas temos muita disposição. O importante é gostar do que se faz e buscar a realização - afirmou a major Raquel Lopes, única mulher copiloto no Grupamento de Operações Aéreas (GOA). A bombeiro militar, de 34 anos, fez diversos cursos antes de ingressar na corporação fluminense. Apaixonada por aeronaves, conquistou a função de copiloto em 2014. Raquel quer chegar ainda mais longe: deseja se tornar comandante de aeronave.
- Realizamos salvamentos com helicóptero no mar e nas montanhas e atendimento pré-hospitalar e neonatal, além de combatermos incêndios. Gosto muito do que faço. É gratificante salvar vidas - contou a combatente.
Sucesso
Quem a vê pela primeira vez sem a farda de bombeiro militar não imagina que Rosemary Provenzano, de 53 anos, tenha salvado inúmeras vidas em atendimentos pré-hospitalares (primeiro socorro em vias públicas). Tenente-coronel e subcomandante do Grupamento de Socorro de Emergência dos Bombeiros (GSE), Rosemary construiu uma trajetória de sucesso na corporação. Após trabalhar 10 anos como médica socorrista, auxilia, desde 2012, o comandante do setor na tarefa de coordenar as equipes que realizam os atendimentos solicitados pelo serviço 193 (Bombeiros) e 192 (Samu).
- Lembro-me de situações críticas, como o incêndio no Hospital Pedro Ernesto e, mais recentemente, o acidente com caminhão que derrubou uma passarela, casos em que tanto o comandante como o subcomandante trabalham no local da ocorrência. Este tipo de atuação requer conhecimento, controle emocional e um bom estado de saúde. Quando entrei pela primeira vez em uma ambulância, vi que era isso que queria. O que me impulsiona é ajudar as pessoas - disse a subcomandante.
Com determinação, a cabo Juliane Afonso, de 30 anos, venceu o preconceito e as dificuldades do rigoroso treinamento do Grupamento de Salvamento Marítimo da Barra da Tijuca (2º Gmar) para realizar o sonho de ser guarda-vidas. Ex-integrante do projeto Botinho, ela lembra com orgulho dos salvamentos realizados e da superação ao ter que acompanhar o ritmo de seus colegas de turma de homens.
- Todos que se formam vão para função fim, que é a de guarda-vidas. Na minha turma havia apenas duas mulheres. Foi muito difícil, pensei em desistir, mas não esmoreci. Precisamos estar preparados para tudo. Em um dos salvamentos perfurei o tímpano, fiquei um tempo afastada e depois retornei - contou Juliane, que hoje trabalha na parte administrativa.
Crescimento chegou a 320%
Entre 1992 e 1999, 356 mulheres ingressaram no Corpo de Bombeiros. Após a abertura de concurso para praças e oficiais, o número subiu para 1.716 entre 2000 e 2007, uma variação de 326%. No ano de 2002, foi registrada a maior entrada de militares femininas na história da corporação, com 1.049 praças e oficiais. Nos últimos oito anos, mais 1.168 mulheres passaram a integrar o quadro militar da corporação. Atualmente, elas correspondem a 16,89% do efetivo total.
Fonte:Núcleo de Imprensa do Governo do Estado do Rio de Janeiro
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