GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Rio de Janeiro, 17 de março de 2016
Núcleo de Imprensa
Programa beneficia artesãos de 19 cidades fluminenses
Governo aposta na parceria com prefeituras para alavancar segmento
O Programa de Artesanato do Estado, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca, está sendo reestruturado para melhor atender à demanda crescente dos artesãos fluminenses. A iniciativa já realizou o cadastramento em 19 municípios, chegando a quase 2 mil profissionais. A coordenadora do programa de artesanato, Nea Mariozz, destaca as atividades promovidas pelo governo.
Qual o objetivo do programa?
Nea Mariozz – A meta é reconhecer o artesanato como atividade econômica geradora de desenvolvimento regional e registro vivo da história local, colocando em prática ações que visam o empreendedorismo da atividade para os inscritos, além de cadastrar, identificar e mapear a produção e matéria-prima dos artesãos do estado.
Como é feito o cadastramento?
Mariozz – Visitamos os municípios com o apoio das prefeituras e utilizamos um espaço cedido para fazer o cadastramento. Realizamos um censo para conhecermos o artesão, seu trabalho, se a produção realizada representa o sustento de uma família inteira e se há outros meios econômicos. Ficamos entre um e dois dias realizando o cadastramento, dependendo da demanda do local.
Quais benefícios os artesãos têm ao se inscreverem no programa?
Mariozz – O profissional tem acesso a benefícios como a carteira de identificação do Programa de Artesanato Brasileiro (PAB). Com esse documento, ele pode participar de feiras sem pagar pelo estande, que chega a custar R$ 30 mil. O Governo do Estado leva as peças em um caminhão doado pelo PAB. Acreditamos que até o fim de maio sejam entregues aproximadamente 4 mil carteiras. Estamos incluindo capacitações no planejamento, além de estimularmos a comercialização de diversas formas e apoiarmos o artesão, por meio da AgeRio, com linhas de crédito.
Como são as qualificações?
Mariozz – Vamos iniciar as capacitações começando por Barra do Piraí. A primeira oficina contará com o apoio do Sebrae. Verificamos que é preciso ajudar os artesãos a buscarem uma identidade. Na cidade, temos 250 profissionais cadastrados. Eles farão um curso sobre o artesanato com o couro da tilápia, que pode ser usado na feitura de bolsas, cintos etc. Vamos estimular este ofício que gera renda e contribui para o turismo. Há um potencial que deve ser desenvolvido.
Como o projeto incentiva a comercialização de produtos?
Mariozz – Estimulamos a inclusão de feiras de artesanato no calendário oficial das cidades. Também temos 45 barracas que emprestamos para artesãos. Temos ainda a Casa do Artesão, em Botafogo, que entrará em reforma e voltará a se tornar um polo de referência na cidade do Rio. Também estamos conversando com prefeitos sobre a abertura de casas de artesanato.
Fale mais sobre o microcrédito.
Mariozz – O artesão tem crédito para fazer uma reforma em uma loja ou até para a compra de maquinário a 3% de juros ao ano. Uma artesã de Cabo Frio que faz colares com escamas de peixes comprou um maquinário por meio do microcrédito. Antes, ela demorava um dia inteiro para fazer um colar. Hoje, são feitos seis colares em um único dia.
Que papel o programa tem na vida dos artesãos?
Mariozz – Famílias abraçaram o artesanato como forma de sustento. Muitos que tinham essa atividade como plano B passaram a tê-la como principal fonte de renda no orçamento doméstico.
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