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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Peças arqueológicas são descobertas em escavação da Linha 4 do Metrô em bairros de Ipanema e Leblon no Rio de Janeiro

Mais de 200 mil peças já foram encontradas-foto Clarice Castro
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
Rio de Janeiro, 10 de setembro de 2014
Núcleo de Imprensa

Peças arqueológicas são descobertas em escavação da Linha 4 do Metrô em Ipanema e Leblon - Artefatos são datados dos séculos XIX e XX e contam história da ocupação dos bairros por chácaras e lotes

Equipes de arqueologia que fazem o monitoramento das escavações da Linha 4 do Metrô (Barra da Tijuca-Ipanema) _ obra do Governo do Estado_ encontraram recentemente mais de 150 peças datadas do século XIX e início do século XX. Estes artefatos formam uma cápsula do tempo e ajudam a contar a história de ocupação das chácaras de Ipanema e do Leblon. Entre os achados, fragmentos de alvenaria, enfeites de telhado, moedas e vidros. Chamaram a atenção dos profissionais quatro penicos de ágata, feitos de metal com uma camada de esmalte e uma ampola com líquido ainda lacrada. Este material será analisado pela Fiocruz.

_ Atualmente, trabalhamos em parceria com profissionais de outras áreas de pesquisa, como químicos e paleoparasitologistas. Tanto os resíduos encontrados nos penicos quanto o líquido da ampola, que imagino ser algum medicamento, vão provocar desdobramentos de pesquisas científicas. Estamos emocionados com as descobertas _ comemorou Cláudio Prado de Mello, arqueólogo contratado pela Linha 4 do Metrô para a pesquisa no local.

Toda a obra da Linha 4 do Metrô é acompanhada por serviço especializado de arqueologia, conforme prevê o licenciamento junto ao Iphan. Os achados em Ipanema e Leblon se somam às mais de 200 mil peças, inteiras ou fragmentadas, encontradas no sítio arqueológico da Leopoldina, Centro do Rio. Neste local, onde hoje estão armazenadas as aduelas que formam os túneis da Linha 4 entre Ipanema e Gávea, funcionava o Matadouro Imperial e uma área de descarte, próxima ao Palácio Imperial da Quinta da Boa Vista. Ali foram recuperados artefatos que remontam ao Rio de Janeiro dos séculos XVII, XVIII e XIX. 

_ Cada peça descoberta e recuperada tem a ver com a história de formação do Rio e a autoestima da população. Todos os artefatos foram etiquetados, com a data da localização, características e a profundidade encontrada. Todo o material está sendo catalogado para ser enviado ao Instituto de Pesquisa Histórica do Rio de Janeiro _ afirmou o arqueólogo. 

O Governo do Estado do Rio de Janeiro atualmente conversa com o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) para que as peças mais relevantes encontradas na escavação da obra sejam, no futuro, exibidas em estações do metrô. A ideia é semelhante ao que já acontece no metrô de Atenas, na Grécia.

Mais de 300 mil pessoas usarão a Linha 4 do Metrô todos os dias

A Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro (Barra da Tijuca — Ipanema) é uma obra do Governo do Estado do Rio de Janeiro e vai transportar, a partir de 2016, mais de 300 mil pessoas por dia e retirar das ruas cerca de 2 mil veículos por hora/pico. Com a nova linha, o passageiro poderá utilizar todo o sistema metroviário da cidade com uma única tarifa. Serão seis estações (Jardim Oceânico, São Conrado, Gávea, Antero de Quental, Jardim de Alah e Nossa Senhora da Paz) e aproximadamente 16 quilômetros de extensão. A Linha 4 do Metrô entrará em operação no primeiro semestre de 2016, após passar por uma fase de testes. Será possível ir da Barra a Ipanema em 15 minutos e, da Barra ao Centro, em 34 minutos. Os usuários poderão ainda deslocar-se da Barra da Tijuca até a Pavuna, pagando apenas uma tarifa.​
O arqueólogo Cláudio Prado de Mello destacou a importância histórica da descoberta-foto Clarice Castro
Penicos de ágata foram encontrados no empreendimento da Linha 4-foto Clarice Castro
Crédito das fotos: Clarice Castro
Fonte:Núcleo de Imprensa do Governo do Estado do Rio de Janeiro

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