Governo do Estado do Rio de Janeiro
Rio de Janeiro, 28 de janeiro de 2015
Núcleo de Imprensa
Palácio Guanabara abre suas portas para visitação guiada
A partir do dia 31 de janeiro, grupos poderão conhecer o patrimônio nacional
Palco de reuniões de chefes de Estado e de decisões políticas importantes, o Palácio Guanabara, em Laranjeiras, abre suas portas para o grande público a partir do dia 31 de janeiro. A visita guiada acontecerá todo último sábado de cada mês, às 9h e às 10h30, e pode ser agendada através do e-mail visitaguiada@casacivil.rj.gov.br. Os interessados devem enviar nome completo, número de documento de identidade com foto e telefone para contato.
Iniciada no Salão Nobre, a visitação inclui a sala onde foi descoberto, em 2011, um calçamento tipo “pé de moleque” centenário e o jardim. As visitas vão contar com a participação de estudantes do curso de Turismo e Hospitalidade do Senac RJ, parceiro do Governo do Estado no projeto.
- O governador Luiz Fernando Pezão nos pediu que criássemos esse projeto e acreditamos que, através dele, as pessoas poderão conhecer um pouco mais da história do Rio de Janeiro e também do Brasil. Além disso, elas terão acesso ao local onde são tomadas diversas decisões políticas em nosso estado - disse o secretário da Casa Civil, Leonardo Espíndola.
Construção conta a história do estado e do país
O início da construção do Palácio Guanabara data de 1853, para servir de residência familiar. Em 1864, foi vendido à Família Imperial, que o reformou para receber a princesa Isabel e seu esposo, o Conde d’Eu, passando a se chamar Paço Isabel. Na época, foram plantadas diversas plantas exóticas no local e uma fileira dupla de palmeiras imperiais na recém-inaugurada Rua Paissandu. O espaço foi um dos mais importantes locais de reunião do Rio de Janeiro, até então único grande centro urbano do país.
Em 1890, a construção foi declarada patrimônio nacional e recebeu seu nome atual, Palácio Guanabara. No decorrer dos anos, foi moradia oficial de presidentes da República, como Marechal Hermes da Fonseca, Getúlio Vargas e Eurico Gaspar Dutra, último a viver no palacete, na década de 40. A partir de 1946, o palácio passou a abrigar a Prefeitura do Distrito Federal até a criação do Estado da Guanabara, em 1960. Desde então, a construção se tornou sede do Governo do Estado e recebeu governadores, entre os mais antigos Floriano Peixoto Faria Lima, Antonio de Pádua Chagas Freitas, Leonel Brizola e Marcello Alencar, e atualmente o governador Luiz Fernando Pezão. Em 1968, ganhou o Prédio Anexo, com seis pavimentos, onde funcionam hoje as subsecretarias da Casa Civil e de Governo. O prédio abriga ainda o gabinete do vice-governador.
Atualmente, a construção mantém características centenárias que conferem beleza especial ao local. No caso do jardim, o desenho foi idealizado pelo paisagista francês Paul Villon no começo do século 20 e se mantém intacto até hoje. No local, está o chafariz de Netuno, pequeno lago com a estátua do deus da mitologia romana que foi desenvolvida pela Fundição Val d’Osne, mais importante fundição do século 19, localizada na França. O jardim também é adornado por alamedas de palmeiras imperiais e árvores frutíferas exóticas, como mangueira, caqui-preto, pêssego-da-Índia e olho-de-dragão.
Outra “joia” do Palácio Guanabara é o calçamento “pé de moleque”, encontrado em 2011 na parte interna da construção durante as obras de restauração. A técnica de calçamento, trazida de Portugal para o Brasil por volta do século 17, era usada em casarões do período colonial em áreas destinadas aos escravos. Os exemplares do palácio receberam cobertura de vidros resistentes e iluminação especial.
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