Governo do Estado do Rio de Janeiro
Rio de Janeiro, 16 de janeiro de 2015
Núcleo de Imprensa
Programa Rio Rural destina R$ 30 milhões a municípios para amenizar prejuízos causados pela seca - Benefício vai ajudar cerca de 13 mil produtores atingidos pela estiagem
O programa Rio Rural, da Secretaria de Agricultura, vai disponibilizar, a partir deste mês e durante todo o ano, recursos de R$ 30 milhões, por meio de financiamento do Banco Mundial, para amenizar os prejuízos causados pela seca. O aporte financeiro será utilizado para perfurar poços artesianos para captação de água e aquisição de alimento para os rebanhos no Norte e Noroeste Fluminense e parte da Região Serrana. As medidas vão beneficiar cerca de 13 mil pequenos produtores dessas áreas.
- Estamos vivendo a maior seca dos últimos 20 anos e a falta d’água já causou reflexos importantes no Rio de Janeiro. Entre agosto e novembro do ano passado, perdemos cerca de 5% da produção de hortaliças, 20% da produção de leite, aproximadamente duas mil cabeças de gado e 15% da safra de cana de açúcar. Para novembro, por exemplo, esperávamos 180 milímetros de chuva e tivemos apenas 5 milímetros - afirmou o secretário de Agricultura, Christino Áureo.
Resultados nos próximos 40 dias
A expectativa é de que sejam perfurados entre 50 e 60 poços de grande porte que vão fornecer água para microbacias hidrográficas, fazendo com que esse recurso chegue aos produtores que vão usá-lo na irrigação da lavoura e para consumo dos animais. Segundo Christino Áureo, as ações já começam a surtir efeito nos próximos 40 dias nos locais mais afetados pela estiagem.
- Já começamos a cadastrar os produtores que terão direito ao benefício e estamos fazendo análises técnicas nessas regiões, que têm no subsolo um mar de água doce. Além dos poços, queremos também construir silos hídricos que servirão de reservatórios de água - explicou o secretário.
Os produtores que forem beneficiados terão que oferecer como contrapartida o comprometimento da adoção de medidas que evitem futuras estiagens. Preservar as nascentes e matas ciliares e realizar ações de replantio são algumas delas. O cumprimento dessas ações será fiscalizado pelos comitês permanentes já existentes nas regiões com microbacias hidrográficas.
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