Governo do Estado do Rio de Janeiro
Rio de Janeiro, 29 de janeiro de 2015
Núcleo de Imprensa
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Pezão quer tornar reúso de água obrigatório nas indústrias
Projeto de lei será encaminhado à Assembleia Legislativa
O governador Luiz Fernando Pezão anunciou, nesta quinta-feira (29/1), a intenção de criar um projeto de lei que visa a estabelecer uma política de reúso de água. Depois de elaborado, o texto será encaminhado à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
– Vamos discutir o tema na Alerj para fazer com que as empresas adotem água de reúso. A nossa prioridade é o abastecimento humano – reiterou Pezão.
Quatro grandes empresas que são abastecidas pelo Rio Guandu vão apresentar, nesta sexta-feira (30/1), à Cedae projetos alternativos de captação de água para evitar o racionamento do recurso nos próximos meses.
A medida foi acordada após reunião realizada, ontem (29/1), entre o secretário do Ambiente, André Corrêa, e representantes da Gerdau, da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), da Fábrica Carioca de Catalisadores (FCC) e Furnas.
– As empresas terão de apresentar alternativas para continuar a captação. A estação do Guandu tem capacidade para oferecer água de reúso no volume que as indústrias necessitam. Caso optem pelo serviço da Cedae, vamos discutir como operacionalizá-lo – detalhou André Corrêa.
No encontro, o presidente da Cedae, Jorge Briard, colocou à disposição dessas empresas o serviço de fornecimento de água de reúso oferecido pela estação do Guandu. De acordo com André Corrêa, um levantamento feito durante a reunião mostrou que essas indústrias necessitam, em média, de um volume de mil litros de água por segundo para manter suas operações em funcionamento.
O próximo passo, de acordo com o secretário, é conversar com a Refinaria Duque de Caxias (Reduc). A companhia tem a outorga do direito de uso dos recursos hídricos do Guandu de dois mil litros por segundo.
– Queremos rediscutir esse volume, pois parte dessa água poderia ser usada para consumo humano, que é a nossa total prioridade. A Reduc pode empregar a água de reúso da Estação de Tratamento de Esgoto Alegria, por exemplo – explicou André Corrêa.
Investimentos já ultrapassam R$ 3,5 bilhões
O Governo do Estado tem desenvolvido projetos para garantir o abastecimento de água no Rio de Janeiro. Nos últimos dois anos, a Cedae investiu R$ 200 milhões em obras. Entre as melhorias estão a modernização de captação dos rios Guandu e Paraíba do Sul e a construção e reformas de reservatórios.
Os bairros da Barra da Tijuca, Jacarepaguá, Recreio, Bangu receberam investimentos da ordem de R$ 280 milhões. Orçado em cerca de R$ 110 milhões, o projeto de Ilha de Guaratiba está em fase de licitação. A Cedae também obteve empréstimo no valor de R$ 3,2 bilhões – junto à Caixa Econômica Federal – para aumentar a oferta de água na Baixada Fluminense, com a construção de Guandu 2.
O governo vai acelerar a construção da barragem do Rio Guapiaçu, em Cachoeiras de Macacu, para auxiliar no abastecimento das cidades de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, incluindo o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Orçado em R$ 250 milhões – o projeto que beneficiará cerca de 6 milhões de pessoas – será erguido com recursos procedentes de medida compensatória para a construção do Comperj. A barragem terá 17 metros de altura e vai armazenar 90 milhões de litros de água.
– O Rio vem enfrentando secas severas desde 2009. Desde então, iniciamos o dever de casa, e isso está nos ajudando a passar pela estiagem de forma um pouco mais confortável do que em Minas Gerais e São Paulo, por exemplo – ressaltou o governador.
Governo do Rio lançará nova campanha contra desperdício de água
Uma nova grande campanha institucional para estimular ainda mais o consumo consciente da água será lançada pelo Governo do Rio, nos próximos dias.
– Vamos, mais uma vez, fazer o apelo à população para a redução do consumo, passando a usar a água de maneira responsável. Isso inclui abolir a lavagem de calçadas e carros com mangueira, e economizar no banho e na hora de escovar os dentes. São medidas simples que podem ser tomadas para poupar água. Sabemos que as pessoas já estão sensibilizadas e colaborando, e que esse é o melhor caminho a seguir nesse momento – defendeu Pezão.
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