GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Rio de Janeiro, 3 de junho de 2015
Núcleo de Imprensa
Meio ambiente: Unidades da rede estadual de saúde se destacam com a adesão de práticas sustentáveis
Além dos benefícios ambientais, ações já geraram fruto nas áreas social e financeira
Engana-se quem pensa que os hospitais só cuidam da saúde do corpo. Muitas unidades têm se dedicado cada vez mais à saúde do planeta através de ações sustentáveis, como a coleta seletiva e o uso racional dos recursos naturais. A melhor parte é que a adoção de práticas ecologicamente corretas começa a mostrar resultados que vão além dos benefícios ao meio ambiente, ajudando também a equilibrar as contas das unidades. Nesta semana, várias unidades vão realizar ciclos de palestras, oficinas e o plantio de mudas para comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente, em 5 de junho.
Na Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, o Hospital Adão Pereira Nunes é uma das unidades que mais se destaca na implantação de práticas sustentáveis na rede estadual de saúde. A comissão de sustentabilidade do hospital está à frente de uma série de ações. Só este ano, a unidade fez o descarte seguro de mais de uma tonelada em resíduos dos exames de radiologia, coletados por empresas especializadas. Com relação ao lixo comum, mais de duas toneladas são recolhidos mensalmente pela coleta seletiva. A iniciativa já rendeu uma redução de 5% nos gastos com dispensação de resíduos hospitalares.
Além disso, a unidade também faz uma parceria com uma empresa de reciclagem que faz a coleta e a destinação adequada de óleo de fritura usado. Todo mês são cerca de 20 litros de óleo recolhido entre colaboradores e familiares de pacientes que é processado e transformado em sabão biodegradável.
“Todas as práticas têm como objetivo conscientizar colaboradores do hospital, pacientes e familiares, em como podemos ajudar a construir um futuro melhor para o planeta. Já podemos observar resultado no aumento da adesão das pessoas e no consequente crescimento no volume de arrecadações”, destaca o presidente da Comissão de Sustentabilidade, Frederico Coltro.
Outras unidades da rede estadual também desenvolvem ações bem sucedidas de responsabilidade social e ambiental. Na UPA de Botafogo, a reutilização de papelão, caixa e vidro tem ajudado a Associação de Moradores do Dona Marta nos gastos com a energia elétrica. Os materiais recicláveis coletados na unidade são revertidos em desconto na conta de luz, graças a uma parceria da UPA com a Light. Até agora, foram arrecadados mais de uma tonelada em material reciclável, rendendo uma diminuição de 107 reais na conta da associação. O Instituto Estadual do Cérebro e o Hospital Estadual Anchieta aderiram à campanha mundial “Saúde sem Mercúrio”, e estão substituindo gradativamente lâmpadas, termômetros e outros aparelhos que contêm o metal que é altamente tóxico.
Bons exemplos do uso racional da água também têm gerado resultados positivos em unidades na Baixada Fluminense, Região dos Lagos e São Gonçalo. No Hospital Estadual da Mulher, em São João de Meriti, a água da chuva é captada e reutilizada para regar plantas, entre outros serviços gerais. Além disso, um conjunto de medidas para redução de consumo de água, gás e luz, possibilitou um significativo abatimento no consumo na unidade, gerando uma economia de 20 mil reais desde que foi implantado há três meses.
Em Araruama, o Hospital Estadual Roberto Chabo apenas reduziu as saídas de água nas torneiras de três quartos para meia polegada, uma decisão simples que gerou uma economia de 5 mil reais por mês. Já no Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo, a comissão de sustentabilidade e a equipe de manutenção da unidade realizam rondas rotineiras para reparar vazamentos. O corte no desperdício tem rendido uma diminuição de 6 mil reais por mês na conta de água.
No Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói, o foco das ações de sustentabilidade tem sido a redução do volume de resíduos infectantes. Em apenas seis meses, a unidade já contabiliza ganhos diferenciados, como a diminuição em mais de 60% dos materiais infectantes recolhidos. Além dos benefícios ao meio ambiente e à saúde pública, as ações trouxeram uma expressiva economia de cerca de 10 mil reais por mês.
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