Projeto de diagnóstico em áreas de risco une Prefeitura,UFRRJ e Agência de Cooperação Alemã em Teresópolis-Estado, União e organizações não governamentais também são parceiros da iniciativa
Teresópolis, 9 de julho de 2013 – Já está em Teresópolis a equipe do Centro Internacional de Estudos para o Desenvolvimento Sustentável da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro). O grupo realiza a primeira etapa do estudo de percepção social de riscos associados a fenômenos extremos.
O objetivo é fazer um diagnóstico das áreas afetadas pela catástrofe natural ocorrida em janeiro de 2011, bem como dos locais não atingidos, mas que possuem potencial risco, a fim de verificar como estão a cobertura vegetal e a situação dos rios nessas regiões. A proposta é sensibilizar os moradores sobre a importância da preservação ambiental como forma de prevenção e redução dos efeitos dos eventos climáticos.
São parceiros do projeto, além da UFRRJ, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Defesa Civil, a Agência de Cooperação Técnica Alemã, o Ministério do Meio Ambiente, a Secretaria de Estado do Ambiente, o Conselho do Mosaico da Mata Atlântica Central Fluminense, o Comitê de Bacia do Rio Piabanha, o Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Teresópolis e as associações de moradores do município.
“O município tem, há cerca de quatro anos, uma relação com a Agência de Cooperação Alemã, principalmente na área de implantação do Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis. Nesse contexto fomos procurados para ajudar a desenvolver este trabalho. Nosso papel é organizar essas parcerias, servindo de apoio para o projeto”, pontuou Raimundo Lopes, assessor da Secretaria de Meio Ambiente e Defesa Civil.
Em campo
Em reunião na manhã desta terça-feira, 9, na Secretaria de Meio Ambiente e Defesa Civil, na Várzea, a equipe da UFRRJ fez um resumo das visitas realizadas na segunda, 8, ao Caleme, Posse e Campo Grande. Participaram do encontro Raimundo Lopes, assessor da Secretaria de Meio Ambiente e Defesa Civil, o professor José Roberto Andrade, do Centro de Ciência e Tecnologia do Unifeso (Centro Universitário Serra dos Órgãos), e Fábio Patron, da CoopVieira (Cooperativa Agrícola de Capacitação e Geração de Renda da Microbacia do Rio Vieira).
Em seguida, o grupo partiu para dar continuidade ao trabalho em campo, desta vez nas comunidades de Fonte Santa e Vale da Revolta – na cidade, e Vargem Grande e Vieira – no interior. Coordenada pelo professor Rodrigo Medeiros, a equipe é composta por estudantes do Curso de Mestrado em Práticas e Desenvolvimento Sustentável da UFRRJ, e reúne profissionais formados em várias áreas, como geógrafo, biólogo, psicólogo e cientista social.
“Percebemos que a ocupação desordenada que resulta, por exemplo, na destruição da vegetação, não é percebida pela comunidade como um problema. A ideia é, a partir do levantamento que estamos fazendo, construir uma metodologia de sensibilização e de comunicação sobre a importância da manutenção da vegetação e dos rios para reduzir ou evitar eventos futuros”, explicou o professor Rodrigo Medeiros.
A primeira fase do projeto, de visita aos bairros e confecção do diagnóstico, será realizada até o fim de julho em dez bairros e localidades previamente selecionados, na cidade e no interior. “Depois haverá a seleção de cinco localidades para a segunda etapa do trabalho, que começa em agosto. A equipe da Universidade Humboldt de Berlim vai se juntar ao grupo para fazer o levantamento da percepção dessas cinco comunidades sobre a importância da cobertura vegetal, bem como a manutenção e conservação dos rios, como elemento redutor ou de prevenção para eventos extremos”, relatou Rodrigo Medeiros.
Morador de Vieira, no interior do município, Fábio Patron, da CoopVieira, acompanhou o grupo na visita à localidade. “Essa iniciativa é fundamental. A pesquisa é o subsídio que precisamos para mudar a realidade local”, opinou.
Fotos – crédito Marco Esteves
Fonte-Assessoria de Comunicação de Teresópolis
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