Secretaria de Cultura promove palestras sobre a Barreira do Soberbo e a História do Cinema em Teresópolis
Teresópolis, 15 de julho de 2013 - Na noite da última quinta-feira, 11 de julho, estudiosos e interessados na história de Teresópolis se reuniram na Casa da Memória Arthur Dalmasso, no Centro, para participar de uma palestra sobre a Barreira do Soberbo. Promovida pela Secretaria de Cultura, a palestra foi proferida pelo historiador Edson Ribeiro, que veio especialmente de Duque de Caxias para o evento, divulgando o resultado de sua pesquisa. Já na sexta, 12, outra palestra foi promovida, desta vez com a escritora Norma Freitas, fazendo o pré-lançamento de seu novo livro 'O Cinema em Teresópolis: da Belle Epoque aos Anos Dourados', também resultado de amplo estudo.
Membro do Grupo Amigos do Patrimônio Cultural, historiador e pesquisador da história da Baixada Fluminense, Edson Ribeiro abordou diversos assuntos durante a palestra, como os primeiros caminhos para Teresópolis, o Porto de Piedade, a Barreira de Guapimirim, e as liteiras, usadas como meio de transporte para Teresópolis até o início do século XX.
Mas o ponto alto da noite foi a chamada Capela da Barreira, tema de polêmica por conta de sua data de construção e matéria de seu livro 'A capela de Nossa Senhora da Conceição do Soberbo e o ano que não foi'. No prédio, consta inscrição com data de 1713. Contudo, segundo o historiador, a capela apresenta todas as características do estilo neoclássico, o que só seria possível após 1800. Assim, depois de anos de pesquisa, chegou-se à conclusão de que a capela, na verdade, é de 1852 e não de 1713, como se sabia até então.
“As pesquisas históricas mais antigas contam com muitos erros. Equívocos que nós, historiadores mais recentes, temos a obrigação de corrigir, a bem da verdade, e não de reproduzir. A história não precisa mais ser repetida e sim aprofundada. E a Capela do Soberbo não perde em nada sua glória por ser de 1852 em vez de 1713. Mas, o fato é este e precisa ser corrigido para que possa ser passado adiante de forma correta”, comentou Edson.
Personagens importantes do período, como Policarpo Alvarez e os artistas Fachinetti e Brocos, também foram abordados durante a palestra, assim como a Estação e a Fazenda da Barreira. “Temos muito ainda a pesquisar sobre esta região de Teresópolis, Guapimirim e Magé. E o melhor caminho para impedir que as gerações futuras percam o interesse pela história é buscar novidades e narrar esses fatos de forma atraente”, destacou o secretário de Cultura, Wanderley Peres, ressaltando ainda a importância da correta conservação e armazenamento de documentos a fim de não serem destruídos pela ação do tempo.
Quem esteve presente, se interessou. “Na noite de hoje, fiquei sabendo de fatos que ainda não conhecia. E olhe que estudo bastante os fatos históricos ligados à serra por conta de minha empresa. Foi enriquecedor”, comentou o comerciante Rogério de Almeida Vidaurre, proprietário do restaurante Rogério's.
O Cinema em Teresópolis
Já na noite de sexta-feira, 12, foi a vez da escritora Norma de Siqueira Freitas ministrar palestra na Casa da Memória Arthur Dalmasso. Em pauta, o novo livro da escritora 'O Cinema em Teresópolis: da Belle Epoque aos Anos Dourados', que será oficialmente lançado neste sábado, 13, na Casa de Cultura Adolpho Bloch.
Na ocasião, a escritora falou sobre os cinemas de Teresópolis, desde o Tupi, surgido no início do século passado, passando por salas como Vitória, Cine Arte, Cinema Império e São Miguel, até o Cine Alvorada, na Avenida Feliciano Sodré, bem mais recente na memória dos teresopolitanos e o último espaço do gênero a ser desativado na cidade, anos antes da chegada do atual Cine Show.
Chefe do Serviço de Patrimônio Histórico da Secretaria de Cultura, Regina Rebello aprovou o tema. “Achei muito interessante a iniciativa da escritora. Afinal, é o resgate de um importante capítulo da história de Teresópolis, que já foi muito famosa por suas boas salas e seus festivais de cinema. Foi uma época gloriosa”, elogiou a professora e pesquisadora.
Também historiador, o Secretário de Cultura, Wanderley Peres, ficou satisfeito com os temas abordados. “Tanto Edson Ribeiro como Norma Freitas nos forneceram informações muito interessantes e que, a partir de agora, temos a obrigação de disseminar. É assim que construímos e reconstruímos nossa história. Precisamos compartilhar mais vezes encontros proveitosos como este”, destacou.
Fonte:Assessoria de Comunicação de Teresópolis
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