Oficina de articulação de projeto sobre biodiversidade acontece em Teresópolis-Mata Atlântica será palco de pesquisas sobre mudanças climáticas
Teresópolis, 11 e novembro de 2013 – Começou nesta segunda-feira, 11, e segue durante a terça, 12, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Avenida Rotariana, Soberbo), uma oficina de articulação para apresentar o projeto “Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica”.
Promovida pelo Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro e pela Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, a oficina é destinada a gestores públicos municipais e estaduais, representantes de organizações não governamentais e de associações com ações na área ambiental, bem como ao público interessado no tema.
O evento reúne diversas autoridades competentes no assunto, entre elas o secretário municipal de Meio Ambiente, André de Mello, e o assessor Raimundo Lopes. Também marcou presença no evento o presidente da Câmara Municipal de Vereadores, e ex-secretario municipal de Meio Ambiente, Mauricio Lopes.
Para o secretário de Meio Ambiente, André de Mello, o projeto de recuperação da Mata Atlântica trará grandes benefícios à população. “Temos a determinação do Prefeito Arlei de conseguirmos implantar este projeto de longo prazo, mas que proporcionará à população uma qualidade de vida melhor. Com a regeneração da Mata Atlântica temos a retirada da umidade do solo e a diminuição de deslizamentos e enchentes, além de conter a população na área urbana, evitando que ela ocupe áreas de preservação permanente”, explicou de Mello.
Segundo a diretora do Programa Florestas Tropicais da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, Ingrid Prem, o tema vai além da questão ambiental. “A biodiversidade é vital e essencial para toda vida. Trata-se de água potável, de prevenção de enchentes e de manter uma salva guarda para as futuras gerações, por isso, o projeto transcende a questão ambiental e alcança os fatores econômico e social”, comentou.
“O interesse do Ministério do Meio Ambiente é contribuir para a conservação da biodiversidade da Mata Atlântica. E como essa região daqui é muita rica, inclusive com espécies raras, temos que estar preparados para conservar essa biodiversidade mesmo o clima mudando para que no futuro possamos ainda usá-la de uma maneira mais sustentável”, comentou Daniela Oliveira do Ministério do Meio ambiente.
Representante da Secretaria de Estado do Ambiente, Alba Simon, reforçou o trabalho em conjunto realizado entre as três esferas: federal, estadual e municipal. “O governo do Estado tem desenvolvido vários projetos relacionados à conservação da Mata Atlântica, e o que queremos é somar esforços para alcançarmos juntos objetivos maiores. Desenvolvemos planos municipais de conservação, ajudamos os municípios a se organizarem na parte de recuperação e apoiamos a criação de parques municipais. Enfim, queremos mostrar os projetos já elaborados pela Secretaria de Estado para que eles se encaixem nesse mega projeto de recuperação da Mata Atlântica”, explicou Alba.
A oficina tem como objetivos apresentar o projeto de biodiversidade; identificar atores relevantes e iniciativas afins no âmbito do Mosaico Central Fluminense; articular parcerias; e indicar ações iniciais para a implementação do projeto. Os temas abordados durante a capacitação são: gestão integrada de unidades de conservação, planos municipais de conservação e recuperação da Mata Atlântica, cadastro ambiental rural, restauração florestal, instrumentos econômicos, vulnerabilidade à mudança do clima e gestão de riscos.
O projeto “Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica” é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), no contexto da Cooperação Técnica e Financeira Brasil-Alemanha, por encargo do Ministério do Meio Ambiente, Proteção da Natureza e Segurança Nuclear da Alemanha (BMU).
Ele visa maior integração da conservação da biodiversidade em políticas públicas de âmbito nacional, regional e local, como um fator-chave para a mitigação e adaptação às mudanças do clima na Mata Atlântica, através da atuação conjunta com parceiros e outros aliados em mosaicos prioritários de unidades de conservação.
“Fico muito satisfeito em ver esse auditório cheio de pessoas interessadas em melhorar nosso planeta. E juntos estaremos aqui discutindo e buscando soluções para os problemas climáticos da nossa região”, disse o presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Mauricio Lopes.
Cooperação alemã em Teresópolis
A cooperação Brasil-Alemanha está presente no município desde 2009, na fase inicial de implantação do Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis. Na ocasião, o Governo Alemão fez a doação de recursos financeiros, através do Funbio (Fundo Brasileiro para a Biodiversidade), que foram utilizados na aquisição de equipamentos, como computadores e GPS, bem como na criação da identidade visual do Parque, no levantamento de uso e cobertura florestal e na pesquisa sobre a fauna da unidade de conservação.
Texto - Gisele Barreto
Fotos - Jeferson Hermida
Fonte-Assessoria de Comunicação de Teresópolis
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