Moradores da Granja Florestal tiveram um encontro importante com vereadores da cidade. O presidente da Câmara, Maurício Lopes, acompanhado dos vereadores Dr. Antônio Francisco, Cláudio Mello, Fabinho Filé e Serginho Pimentel, além de Valdeck Amaral e Pablo Gonçalves, representando respectivamente os vereadores José Carlos da Estufa e Luciano Ferreira foram ouvir as principais reivindicações de quem mora na Granja Florestal. Pela primeira vez desde a tragédia, a Associação das Vítimas das Chuvas conseguiu reunir vereadores e população dos locais mais afetados pela tragédia.
Para o presidente da Câmara, Maurício Lopes, o encontro mostra que a Casa Legislativa mudou e vai agir, dentro das possibilidades legislativas, para encaminhar o apelo das vítimas da tragédia de 2011. “Estamos aqui para nos colocar à disposição da comunidade. O problema existe, vamos enfrentá-lo de frente, por isso estamos aqui”, garantiu.
Na reunião, no salão da Igreja Católica do bairro, havia moradores de outros bairros como Cascata Imbuí, Caleme, Salaco, Salaquinho, entre outros. O vereador Fabinho Filé elogiou o movimento organizado do grupo. “Parabenizo a todos pelas manifestações para nem a dor nem a falta de atendimento cair no esquecimento.”
Antes do encontro, os vereadores percorreram o bairro e fizeram um levantamento dos principais problemas. Eles constataram esgoto a céu aberto, inclusive ao lado do Posto de Saúde José Pacheco da Silva. De acordo com moradores, em dias quentes o mau cheiro é insuportável. O PSF, que em junho vai completar um ano, amarga outros descasos, como falta de iluminação e infiltrações. A vistoria seguiu e constatou ruas esburacadas e praticamente cedendo por conseqüência de infiltrações. As vias não têm calçamento adequado nem iluminação pública, além dos locais atingidos em 2011 estarem ainda intactos. “Nós temos o poder de cobrar e isso vamos fazer. Não pode comunidades como Granja Florestal, Caleme e Posse, após dois anos da tragédia, não terem sido recuperadas, com exceção às obras do Inea”, indignou-se o vereador Dr. Antônio Francisco.
Durante a reunião, vários problemas foram citados como moradia, reconstrução dos bairros e aluguel social. “A Câmara é uma Casa política, a Prefeitura também, se houver organização e mobilização a gente tem chance de alcançar um objetivo. Queremos cobrar dos órgãos competentes que eles cumpram com a sua obrigação“, disse o vereador Cláudio Mello. O vereador Serginho Pimentel também falou sobre a importância dessa aproximação com os moradores. “Nós vamos cobrar o Executivo para que venha ajudar esta comunidade nos recursos de que necessita.”
Rogério da Silva Paraná, morador da Tartaruga, entregou um trabalho com outros dois moradores que propõe a criação do Núcleo Comunitário de Defesa Civil (Nudec) da Granja Florestal, Salaco, Salaquinho e Tartaruga. O frei Marcelo ToyansK entregou uma lista com as reivindicações dos moradores da Granja Florestal, entre elas, moradia, creche e saneamento básico. Os vereadores marcaram para o dia 17.05, às 19h, reunião na Igreja do bairro Caleme.
O presidente da Câmara, Maurício Lopes, ressaltou a importância da Frente Parlamentar Pró-Habitação que foi criada na Sessão Legislativa do dia 02.05. A finalidade será criar um espaço de debate para as questões relacionadas à habitação das pessoas que perderam suas casas na tragédia dentro do âmbito do Município. “A criação desta Frente é um ganho para a cidade e mostra que estamos trabalhando para tentar resolver esse principal problema”, afirmou.
Os vereadores Luciano Ferreira e Dede estavam em Brasília e o vereador Da Ponte estava cumprindo agenda no Rio de Janeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário